Esta história não se desliga das condições objectivas de vida e trabalho do povo português nem das características de um sindicato de classe cuja profissão que defende é das mais afectadas pela precariedade e desregulação impostas por políticas desastrosas a todos os trabalhadores em geral, e reforçadas junto dos psicólogos, em particular, através da criação de barreiras de acesso ao trabalho.
O movimento sindical unitário, por si, tem sabido reconhecer as fragilidades e enormes desafios que a crise estrutural do capitalismo impôs e impõe aos portugueses, sem nunca abdicar do seu papel progressista e central de avanço e vanguarda em diversos campos de luta.
A agressão dos recentes anos da qual nenhum trabalhador ficou isento exigiu, portanto, a todo o movimento sindical uma ação à qual o SNP nunca se furtou e que se constitui na seguinte missiva: é preciso e urgente despertar consciências, mobilizar vontades e ações para que os psicólogos portugueses se unam em torno do princípio inegável de que não se separa condição laboral da condição profissional. Só seremos mais e melhores psicólogos se tivermos mais e melhores direitos laborais.
Esta é a missão transversal a que a Lista+ se propõe: lutar pela sindicalização, fomentando grandemente quer o número de associados quer os palcos de esclarecimento que conduzam a esse objectivo e, em simultâneo, aprofundar o conhecimento das diversas realidades de trabalho dos psicólogos portugueses, definindo e avançando com propostas e ações que as permitam concretizar quer em todos os campos da psicologia, na sua indelével relação com o local de trabalho, quer na melhoria das condições dos jovens formados, seja no sector público ou privado, nas IPSS, em empresas, escolas, hospitais ou outros. Levar a discussão e o debate ao trabalhador e trazê-lo para a luta, conscientes que em colectivo, em união e unidade, trilharemos o caminho longo e lento, é certo, mas seguro, da conquista do direito ao trabalho com direitos.